CORPOREIDADE, Percepções e Modos de Ser Cego em Aulas de Educação Física: um Estudo Fenomenológico-existencial

Nome: RUY ANTONIO WANDERLEY RODRIGUES DE MIRANDA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 02/02/2016
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
HIRAN PINEL Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
HIRAN PINEL Orientador
REGINALDO CÉLIO SOBRINHO Examinador Interno
ROGÉRIO DRAGO Examinador Interno
SILVIA MOREIRA TRUGILHO Examinador Externo

Resumo: Estudos sobre aspectos relacionais sujeito/escola, com enfoque no estudante que é público-alvo da Educação Especial, têm aparecido com frequência na escola. Como tensões, as relações mantidas nesse ambiente podem criar maiores ou menores condições para o estudante aprender, de forma que a afetação recíproca entre professor e estudante provoca o conhecimento que clama para ser apropriado de modo autônomo junto ao outro no mundo. Esta pesquisa teve a pretensão de adentrar pelos caminhos da escola regular, com o intuito de desvelar fenomenologicamente os modos de ser de um estudante cego em suas relações de interdependência mantidas entre o seu corpo vivo e o seu corpo vivido na sua corporeidade com seus encontros e experiências nos processos próprios da constituição de sua autonomia e inclusão social em aulas de Educação Física no cenário escolar comum de uma unidade da Rede de Ensino Público Municipal da cidade de Vitória. Faz uma abordagem qualitativa, dentro de uma perspectiva teórico-metodológica da Fenomenologia Existencial, sobre os processos constitutivos da autonomia de um adolescente cego congênito. Para a recolha e produção de dados, lança mão de diário de campo, entrevistas não estruturadas e depoimentos pessoais na observação em dezoito momentos para perceber parte do mundo circundante do estudante, desde encontros com a família e a casa, com a escola e seus gestores, até as aulas de Educação Física, que foram o foco principal desta pesquisa. As observações e as escutas do cotidiano do estudante cego, durante o processo de recolha dos dados, propiciaram um pensar-sentir sobre os modos de ser cego em aulas de Educação Física e suscitaram uma reflexão sobre as práticas pedagógicas inclusivas e outros aspectos que afetam os processos de aprendizagem do estudante cego na escola comum. Os resultados e as discussões direcionam para o entendimento de que ser cego em aulas de Educação Física significa ter que enfrentar barreiras físicas e atitudinais, além de demandar um esforço pessoal para que haja uma apropriação das experiências e conhecimentos vividos, uma incansável busca pela autonomia própria, que se constitui em seus modos de ser sendo junto ao outro no mundo.

Acesso ao documento

Transparência Pública
Acesso à informação

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910