UMA ANÁLISE DO PROGRAMA “EDUCAR PRA VALER” NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS/AS DO MUNICÍPIO DE VILA VELHA - ES

Nome: LUDIMILA BARRETO ANDOLPHI

Data de publicação: 29/11/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
TANIA MARA ZANOTTI GUERRA FRIZZERA DELBONI Orientador

Resumo: O trabalho apresenta uma análise do Programa “Educar pra Valer” na Formação de
pedagogos/as do município de Vila Velha – ES, no contexto da macropolítica que se
pauta em um sistema de produção do mundo capitalista, que busca controlar e moldar
a formação para a adequação às demandas do mercado. Apresenta, como objetivo
geral, analisar como se constitui os espaços formativos do Programa “Educar pra
Valer” adotado pela Prefeitura Municipal de Vila Velha (ES). Nessa perspectiva a
problemática concentrou-se em investigar de que modo as formações oferecidas pela
Secretaria de Educação do município de Vila Velha (ES) potencializam ou não as
micropolíticas criadas nos encontros com os pedagogos; e como os pedagogos
articulam as diretrizes reguladoras às próprias inventividades a partir das propostas
da Secretaria de Educação. Para tanto o percurso metodológico caracteriza-se pelo
estudo cartográfico que possibilitou a compreensão e ampliação do pensamento do
modo de acompanhar e fazer ciência na produção coletiva, ultrapassando os limites
da metodologia enquanto conjunto de normas e procedimentos preestabelecidos, mas
como possibilidade flexível de análise. O processo de observação, seguido de análise,
demonstra que as formações desenvolvidas pelo Programa Educar Pra Valer
produziram forças contraditórias e ambivalentes ao modelo já executado, partindo da
premissa de que os cotidianos escolares são inventivos e não garantem
homogeneização. Com base na Filosofia da Diferença, o estudo aposta na
possibilidade da formação como abertura ao campo dos possíveis, apostando que as
forças das micropolíticas resistem ainda que não nesses encontros, mas na vida que
pulsa na escola. Pode-se inferir que os pedagogos/as articulam as diretrizes
reguladoras às próprias inventividades a partir das propostas da Secretaria de
Educação e que a experiência imanente de composição dos pedagogos tem sido
capturada pelas políticas dominantes de formação. Mapear os movimentos, os fluxos
e as fugas que surgiram nos encontros formativos foram difíceis, considerando que
esses espaços são tomados pela força da macropolítica. Portanto, não foi possível
afirmar que há possibilidades de deslocamentos nas relações estruturais que
possibilitem criar formas e forças, pois, uma vez instituídas as políticas educacionais,
estas servirão de modelo e de reforço à perspectiva teórica e capitalista de
manutenção social.

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