NARRATIVAS DE HISTÓRIA DO BRASIL EM LIVROS DIDÁTICOS UTILIZADOS EM ESCOLAS CAPIXABAS DE ENSINO MÉDIO (1980-2000)

Nome: WALESKA COZAC

Data de publicação: 26/05/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
REGINA HELENA SILVA SIMOES Orientador

Resumo: Este estudo investiga processos de elaboração, seleção e utilização de livros didáticos de História, que constituíram uma das principais ferramentas pedagógicas utilizadas por professores e professoras em escolas públicas do ensino médio capixaba entre as décadas de 1980 e 2000, com o objetivo de identificar, compreender e problematizar permanências e rupturas observadas em narrativas sobre a história do Brasil. O corpus documental utilizado compreendeu: a) livros didáticos de História adotados em escolas capixabas de ensino médio durante o período pesquisado; b) documentos de governo, tendo como referências as edições
do Programa Nacional do Livro e Material Didático (PNLD), a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 9.394/1996, e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s). Para a análise das fontes selecionadas, utilizamos o método indiciário que busca as singularidades e as irregularidades nas superfícies aparentemente lisas e homogêneas da história e dos fatos históricos. Para perceber a importância dessas irregularidades, empregamos o jogo de escalas , em um processo de constante aproximação e distanciamento, o que permite a localização do objeto em seus diferentes contextos (GINZBURG, 2007; REVEL, 2010; LEVI, 2020). Nas análise das fontes, notamos que as permanências e as rupturas das narrativas historiográficas dos livros didáticos de História para o Ensino Médio obedeceram a dois níveis. O primeiro, o contexto de produção, que indica as tensões e as relações de força que caracterizam as escolhas dos autores sobre os assuntos que serão trabalhados nos livros didáticos. O segundo nível, relaciona-se com os períodos históricos sobre a História do Brasil Pré-colonial, Colonial, Imperial e Republicano. Os livros didáticos pesquisados apresentam diferenças em suas estruturas narrativas. Mas, também, apresentam diferenças em relação às referências teórico-metodológicas. Percebemos, a partir da contextualização, que são utilizados o método positivista, passando pela história das mentalidades e aproximações com o referencial marxista. Em relação aos temas, os autores, não diferem muito, com ênfase em alguns e a ausência de outros, o que aponta para os reflexos dos contextos de produção na elaboração dos textos.

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