LEITURA LITERÁRIA E EDUCAÇÃO DO CAMPO NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES
Nome: SORAYA FERREIRA POMPERMAYER
Data de publicação: 22/06/2023
Banca:
Nome |
Papel |
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| ERINEU FOERSTE | Orientador |
Resumo: Esta pesquisa de doutorado investiga a leitura literária e a educação do campo na
formação inicial de professores. O objeto de análise foi o Curso de Licenciatura em
Educação do Campo da Universidade Federal do Espírito Santo (LEdoC/UFES). A
produção, sistematização, tratamento e análise de dados foi norteada pela seguinte
problemática: como o trabalho com o texto literário contribui para a formação inicial do
professor leitor da educação do campo. Trata-se de um estudo realizado no Grupo de
Pesquisa (CNPq) “Culturas, Parcerias e Educação do Campo” e na Linha de Pesquisa
“Docência, Currículo e Processos Culturais” do Programa de Pós-Graduação em
Educação (PPGE) da UFES. Foi criado o Grupo de Trabalho Pesquisa em Rede
(GTPR), a partir do qual foram produzidas duas dissertações de mestrado e a presente
tese. A pesquisa se ancora nos pressupostos teóricos de Walter Benjamin (2012),
especificamente a narração, e de Mikhail Bakhtin (2003), o dialogismo. Ao mesmo
tempo problematiza questões da Educação do Campo, a formação de professores em
Arroyo (2010), Molina (2014), Caldart (2015), Foerste (2009), dentre outros.
Aprofundam-se diálogos sobre leitura e formação do leitor e educação em Freire
(1998), Bakhtin (2003), Kramer (2000), Geraldi (1996). Trata-se de um estudo
fundamentado em abordagens qualitativas (ANDRE; LUDKE, 2012) com foco em
dimensões da pesquisa participante (BRANDÃO, 2001) com implicações da pesquisaação (THIOLLENT, 1992; FRANCO, 2005), bem como na Análise Dialógica do
Discurso – ADD (SOBRAL; GIACOMELLI, 2016), (BRAIT, 2066) a partir de uma
construção coletiva em diálogo com os povos e comunidades tradicionais, do curso
em questão. Depreende-se das narrativas dos sujeitos da pesquisa que a Pedagogia
da Alternância propicia ao discente no Tempo Comunidade (TC) a oportunidade de
mais tempo para leitura, contribuindo assim para a formação do professor leitor; uma
nova reformulação se faz necessária do currículo e repensar a carga horária de
algumas disciplinas. As ementas necessitam ser revisitadas para fomentar a formação
de professores leitores. Conclui-se que é necessário formar o professor leitor em
diálogo com a cultura dos sujeitos campesinos, de forma a potencializar a produção
coletiva de uma práxis transformadora de leitura literária na formação inicial de
professores
