A FENOMENOLOGIA DE SER PROFESSORA EM UMA CLASSE HOSPITALAR

Nome: JAQUELINE BRAGIO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 21/10/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
HIRAN PINEL Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANGELA MARIA CAULYT SANTOS DA SILVA Examinador Externo
GEIDE ROSA COELHO Examinador Interno
HIRAN PINEL Orientador
SILVIA MOREIRA TRUGILHO Examinador Externo
VITOR GOMES Examinador Interno

Resumo: Este estudo teve como objetivo descrever compreensivamente “o que é” e “como é” o fenômeno ser professora de Educação Especial de uma classe hospitalar. Como aporte teórico elegemos intencionalmente Carl Ransom Rogers e Viktor Emil Frankl, trabalhando com dois temas específicos, marcantemente temas subjetivos, que foram: a "experiência" (o "experienciar") e a "vontade de sentido". A trajetória metodológica foi: pesquisa fenomenológica desenvolvida em uma classe hospitalar de um hospital público infantil. As participantes foram duas professoras que atuam nessa classe. A produção dos dados foi realizada em dias diferentes, durante a minha permanência no local e horário de trabalho das professoras. Não houve limite de tempo pré-estabelecido e as participantes narraram sobre o seu vivido livremente. Em conformidade com o método da pesquisa fenomenológica, foi lançada uma questão disparadora, com a finalidade de atender ao objetivo proposto da pesquisa: “O que é” e “como é” ser professora de Educação Especial envolvida que está no "cotidiano existencial" da classe hospitalar? Usamos o diário de campo da pesquisadora, que serviu para a descrição (movimento de envolvimento na pesquisa) e reflexão (distanciamento reflexivo). Como procedimento e análise dos dados adotamos a atitude fenomenológica, trabalhando com a ferramenta Guia de Sentido, que tem como teorização a Psicologia Fenomenológico-Existencial. O desvelar do fenômeno, nos mostrou que a vida está guiando as professoras, estando elas mergulhadas e ou envolvidas na "experiência inter-humana" (Rogers) e desse lugar-tempo emerge ou nasce com potência a "vontade de sentido" (Frankl). Na vida mesma existe alegria, que pelos dados indica a maior potência e força e, a tristeza, em muito menor presença, associada à dor e a morte, que ainda assim são superadas, fazendo valer a "tendência à atualização" (Rogers) e ao "sentido da vida" (Frankl). Em cada lado da vida, que é de fato um só (lado), encontramos dois Guias de Sentido gerais, ou dito de outra forma, a tessitura de fundo que estrutura existencialmente todos os outros guias de sentido percebidos como figuras (de um fundo). Procuramos capturar (como peixe) e captar (como sentido) dois ímpetos e escudos de defesa das professoras: elas recorrem aos "modos de ser" em "ser no mundo" delas, pelo SER-CONHECIMENTO e SER-OUTRIDADE. A vida nunca termina, ela cessa para os organismos, ela prossegue, há saídas, há sempre um convite para mais vida.

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