AS SEÇÕES DE SURDOS E DE OUVINTES NO CONGRESSO DE PARIS (1900): PROBLEMATIZAÇÕES SOBRE O PASTORADO E A BIOPOLÍTICA NA EDUCAÇÃO DE SURDOS

Nome: JOSÉ RAIMUNDO RODRIGUES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 04/12/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LUCYENNE MATOS DA COSTA VIEIRA-MACHADO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
EDNA CASTRO DE OLIVEIRA Examinador Interno
HIRAN PINEL Examinador Interno
LUCYENNE MATOS DA COSTA VIEIRA-MACHADO Orientador
SOLANGE MARIA DA ROCHA Examinador Externo

Resumo: “As seções de surdos e de ouvintes no Congresso de Paris (1900): problematizações sobre o pastorado e a biopolítica na educação de surdos” trata-se de uma pesquisa acerca da educação de surdos no final do século XIX. Procuramos refletir sobre como no Congresso de Paris (1900) a educação de surdos se constituiu na articulação entre pastorado cristão e biopolítica. Tivemos como objetivo geral ―Analisar o processo de constituição da educação de surdos a partir de um estudo do monumento Congresso de Surdos de Paris (1900) e suas articulações entre pastorado cristão e biopolítica‖. Optamos por uma pesquisa bibliográfica de cunho monumental que prioriza a análise de textos dos congressos de surdos no período de 1878-1900. Especificamente, tomamos como corpus de análise de nossa investigação os textos da seção de surdos e da seção dos ouvintes do Congresso de Surdos de Paris (1900). O referencial teórico-metodológico baseia-se nas obras de Michel Foucault e nos servimos de dois de seus conceitos-ferramentas. Consideramos que a constituição da educação de surdos ao final do século XIX se dá entre duas formas de condução das pessoas: uma direcionada aos indivíduos e outra às populações, mas em contínuo movimento e inter-relação. Com o intuito de melhor situar os congressos de educação de surdos, apresentamos uma atmosfera histórico-político-cultural do final do século XIX. Após uma retomada dos congressos das duas últimas décadas de 1800, analisamos os conteúdos e resoluções das seções de surdos e ouvintes do Congresso de Paris (1900), bem como apresentamos elementos de pastorado e biopolítica presentes em cada uma das seções. Concluímos que o Congresso de Paris na seção dos ouvintes confirma e atualiza as decisões do Congresso de Milão (1880) e na seção dos surdos abre perspectivas ainda hoje desafiadoras; entretanto, em ambas se explicitam relações de continuidade entre pastorado e biopolítica.

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