DITOS, NÃO DITOS, JUVENTUDES, VIOLÊNCIAS, INDISCIPLINAS: TENTÁCULOS DO CAPITALISMO ESTÉTICO? RACISMOS INVISÍVEIS?

Nome: SANDRA MARIA MACHADO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 29/01/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
JANETE MAGALHÃES CARVALHO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CARLOS EDUARDO FERRAÇO Examinador Interno
DANIELLE PIONTKOVSKY Examinador Externo
JANETE MAGALHÃES CARVALHO Orientador
MARIA REGINA LOPES GOMES Examinador Externo
REGINA HELENA SILVA SIMÕES Examinador Interno

Resumo: Na atualidade, tem-se percebido a existência de várias formas de negligências para com as juventudes, quando comparado à infância, sobretudo aquelas oriundas de bairros periféricos das diversas cidades brasileiras. Esta pesquisa buscou problematizar, em uma escola do ensino fundamental II, do município de João Neiva – ES, a relação entre indisciplina e violência expressa nos registros escolares que incidem sobre os alunos oriundos de tais bairros, que convivem com as muitas formas de violências, sobretudo aqueles que apresentam características não concernentes com padrões exigidos pelo “capitalismo estético”. O contexto da produção de vulnerabilidades e violências no plano estrutural e subjetivo, no que tange à deteriorização da vida pelo biopoder, pela biopolítica, em sua lógica do enquadramento e culpabilização. No campo teórico acerca das violências, em suas muitas facetas das indisciplinas, dos racismos, historicamente construídos, rizomaticamente, entranhado na sociedade brasileira, nem sempre admitidos, quase sempre silenciados das questões curriculares com as quais a escola dialoga. Foram trazidos como intercessores Foucault (1979, 1999, 2004, 2014), Arendt (2001, 2016), Butler (2015), Carvalho (2008, 2009, 2010, 2012), Pelbart (2011), Gomes (2003, 2005, 2008, 2011), Larrosa (2015), entre outros. A pesquisa aponta para a existência de uma banalização e ou supervalorização das ações consideradas como violência e indisciplina registradas nas fichas individuais dos alunos, no uso de medidas que, às vezes, resultam em perda de direitos constitucionais para os jovens. Tais ações, se dialogadas, poderiam ser solucionadas sem maiores tensões entre estudantes e demais membros do corpo técnico da escola. Dessa forma, perde-se a chance de problematizar as práticas discursivas que ocorrem para/com as juventudes em seus espaços e aborta-se as possibilidades de potencializar a existência desses sujeitos. Tornar-se necessário uma escola que perceba as juventudes numa perspectiva múltipla; que não ignore as diferentes juventudes que a habitam; que seja menos disciplinadora e que preencha seu tempo com significâncias.

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